Com a recente retomada do crescimento da construção e da engenharia civil, há uma série de outros segmentos e nichos menores que também têm verificado um forte aquecimento no setor, principalmente os voltados para as questões climáticas, como os raios.

Recentemente, o papel da construtora e das grandes empreiteiras vai muito além de despejar mais e mais edificações no mercado.

Existe hoje uma série de preocupações ambientes e até cobranças e legislações que visam a cuidar do meio ambiente, das relações do homem com ele, e até da segurança. Esta, por sua vez, diz respeito tanto aos que trabalham nas obras quanto às pessoas que, futuramente, frequentarão o local.

Também assim, quando se fala em meio ambiente e na relação dele com o homem, pensa-se logo em poluição, desmatamento e questões similares.

É verdade que esse assunto merece muita atenção, porém, há uma frente bastante interessante da construção civil, a qual toda empresa de reforma e construção precisa levar em conta, que é a das intempéries da natureza e como elas incidem em uma edificação, seja ela residencial, comercial ou industrial.

Os fatores mais comuns que precisam ser levados em conta nesse segmento são os seguintes:

  • A questão das áreas de risco de alagamento;
  • O problema das regiões muito ventosas;
  • A questão das precipitações chuvosas;
  • O problema da incidência de raios solares;
  • A incidência de raio elétrico e as formas de prevenção.

De todas essas preocupações, uma das que mais tem chamado atenção é, justamente, a dos raios, relâmpagos e trovões.

Isso porque esses fenômenos podem ocasionar acidentes diversos, como quedas de árvore, alcançar estruturas prediais e até ocasionar a queda de energia (que pode comprometer os eletrodomésticos e até causar batidas nas ruas).

De fato, não apenas a incidência desses eventos naturais, como os raios, tem crescido em algumas regiões do país (tendo chegado a superar a casa dos 10% de aumento), como o número de pessoas atingidas também despontou na última década.

Adiante entenderemos um pouco mais sobre o problema, e como as empresas que trabalham na área fazem para lidar com esses fatores que exigem atualização constante do empreendedor, bem como acompanhamento dos avanços tecnológicos e científicos mais pertinentes.

O que são e por que ocorrem os raios?

O raio é uma descarga elétrica oriunda do choque entre as nuvens de chuva, o qual assim que ocorre busca a terra como modo de operar sua descarga.

Quando se fala sobre evitar, em dias de tempestade, os topos dos prédios ou mesmo campos de futebol, há um fundamento para isso: a descarga elétrica busca chegar à terra do modo mais rápido e fácil, de modo que os prédios se tornam o primeiro “alvo”.

No caso dos campos, o que ocorre é que em toda a extensão da área plana, as pessoas que estiverem de pé serão o ponto mais alto e de maior “facilidade” para o aterramento.

Daí o papel dos famosos para-raios. E, mais importante ainda, o papel da empresa de para raios, que é justamente aquela empresa especializada que presta consultoria e serviços ligados ao melhor modo de lidar com os raios, absorvendo a carga e direcionando-a de forma segura.

Assim, é verdade que uma pessoa deve seguir alguns cuidados em dias de tempestade, como evitar os supracitados campos abertos, ou mesmo praias, e procurar um abrigo, especialmente algum que conte com para-raios.

No entanto, se um escritório ou mesmo uma residência estiver em região de grande incidência de chuvas, o melhor a se fazer é contratar os serviços de uma empresa especializada no assunto para adaptar as estruturas e conferir mais segurança aos moradores ou colaboradores.

Aos dados mencionados acima podemos adicionar outro bastante significativo, emitido pelo próprio INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais): o Brasil é o país com maior incidência de raios do mundo.

O papel das empresas e instituições

Aí é que surge o papel das instituições e das empresas da área. O papel principal delas é o da instalação/disseminação dos famosos SPDAs, que são os Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas. A função deles é a seguinte:

  • A defesa contra rachaduras em edifícios;
  • A prevenção de incêndio oriundo de raio;
  • A defesa e conservação de redes elétricas;
  • A defesa e conservação de eletrodomésticos;
  • A segurança à integridade física de pessoas;
  • A segurança à integridade física de animais.

Naturalmente, só um engenheiro poderá definir qual a necessidade ou mesmo o tipo de instalação que deverá ser feita em determinada residência ou edificação comercial.

Muitas vezes ocorre de uma pessoa acabar instalando um para-raios em uma área que não demanda esse tipo de cuidado, ao passo que outras áreas que demandam continuam descobertas.

Em qualquer um dos casos, além do engenheiro presente, a instalação de para raios ainda deve estar em conformidade com as diretrizes da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas), segundo a norma 5419 de 2015.